Sunday, April 29, 2007

Eu...

... que me imginava distante destas pequenas, maçadoras ligações?!...
... que entendia, que as grandes afectividades se encontravam de outras formas mais palpáveis, e sensitivas, também;
... por aqui divago, (devagarinho?!...), que este recanto não é para pressas, nem para buscas, e muito menos para fugas - pedaços colados ao tempo modorrento dos meus espaços insossos de alguns dias - ou uma pausa a pedir reencontros com a minha própria, (e muito "sui generis") solidão?!...
..., que nem "acredito em anjos", (?!), vinculei-me a um intemporal compromisso - (até que os dedos me doam de percorrer teclas) - para recatar um equilíbrio, (esse, sim, reachado?!), no remanso das minhas pequenas fruições, doseadas de inconstâncias, de dispersas atenções, de interesses o mais plurais possíveis, mas, sempre, soltos, ao sabor das minhas pendências e das minhas frágeis, fugazes apetências para discernir, escrev(e)/(i)n/(nhan)do...

...!! Foi-se a vontade de por aqui continuar - vou "correr uma cortina": parto para outra apelativa e tranquila inscrição no meu espaço vital - uma "bica" chegou até mim pelo odor que me trouxe o vento...

Saturday, April 7, 2007

Madrugada(s)!

Busco em cada madrugada um lenitivo, uma resposta para o desânimo, no solilóquio das minhas lucubrações - fico sempre, ou numa nuvem fluida de intenções, ou mergulho num amarfanhante marasmo de já nem me conhecer, de já não saber de mim.
Esta solidão, que me corrói, este amar demais a vida e não sentir nada - apenas o frio inóspito do desencanto, a tristura infinita da descrença, o calculismo inevitável das razões que a vida me traz nas palavras dos outros; uma inconstância em cada presença que (de)marco, depois... mais nada: o vazio, a fugacidade de um qualquer momento que passou, justamente, ao meu lado, que, se me fez vibrar, creio, até, que foi fingimento.
Utopia, para onde foste?
Quimeras que inventei, onde estão?
Sonhos que desbravei, que restam deles?

E, afinal, só peço à vida um pouco de vida, um punhado de amigos, paz, comigo e com os outros, e vou morrendo aos poucos, um pedaço de mim em cada dia que passa - não sei, tão pouco, se é ódio, se indiferença, muitas vezes, mas é, (tenho a certeza), a sombra de mim mesma que persiste em caminhar por mim...

Mulher que me fizeram, hoje resta a mulher que (des)construiram, porque teimo em aceitar a ideia de que me destruiram, malquerenças, pouco ou nenhum amor, muito pouca dedicação, e um profundo desconhecimento da minha interioridade - assim vou sentindo que tudo se vai (apagando), sem retorno: envelheci. mais por dentro, que por fora.
As marcas do tempo, essas, são inevitáveis; as marcas da vida, ah! as marcas da vida!, pod(er)iam bem ter sido evitadas, com um leve "touch of rapture", verdadeiro - não há plásticas para a alma: ela perde-se, ou vai-se perdendo, de angústia em angústia, de desamor em desamor, de incredulidade em incredulidade, de dádivas imperfeitas, (se as houve...), em circunstanciais opacidades feitas de (des)encontros...
Nem sei mesmo se não será só disto - encontros roídos e gastos pela vida de cada um de todos nós - que se faz, que se está (na), que se sente a vida...

Mas que rejeito isto que é nada, (ainda tenho força e consciência suficiente para tal), não posso deixar de o fazer.
Quero outra coisa, qualquer coisa, uma coisa coisificada de modo diferente do que tenho, e há para receber - sei que está aí, pronta para ser agarrada, sentida, vivida, mas... como alcançá-la?
Quem sabe me terei perdido demais para lutar por ela?!...