Friday, December 13, 2013

Lançamento da POÉTICA III - Editorial Minerva


Teve lugar, no passado dia 30 de Novembro do corrente ano, na Biblioteca Orlando Ribeiro, em Telheiras, a sessão de lançamento da Antologia POÉTICA-III, editada pela Editorial Minerva - "a maior Antologia da CPLP", como a considera Ângelo Rodrigues, o coordenador.



                                              

Capa - Frente
                                                                                                                    
 
 







                                                            
 Acácio Costa                                                
Alice Coelho
Alice Palmira
Amaral Jorge
Ana Avlis
Ana Casanova
Ana Maria Dias
António Boavida Pinheiro
Aurélio Barata Vivas
Cagildo Pina
Carmen Ezequiel
Carvalho Marques
Delmar Domingos de Carvalho
Elisa Ferreira
Elsa.M
Emídia Guerreiro Salvador
Fátima Leitão
Fátima Negrão
Fátima Vivas
Felisbela A. Fontes
Fernando von Trina
Goretti Pina
Helena Guimarães
Hélio Proença
Irondina Viegas
Jesus Varela
João Gama
João Salvador Fernandes
Jorge Augusto Marques
José António de Sousa Pinto
José Branquinho
José Sabino Luís
Josefina Almeida
Júlio Mendes “Jumé”
Júlio Pereira Dinis
Seguem-se algumas das fotos que "bati":


Goretti Pina, de S. Tomé e Príncipe.
Lúcia Lupenny Rodrigues, de S. Paulo.
Xinjangele, pseudónimo de Maria José Pereira, de Luanda.
A sessão, na primeira parte, terminou com a actuação do grupo O Seu Contrário, com Cristina Estrompa, Pedro Capelas e von Trina, (canto, música e poesia), uma justa homenagem a Júlio Roberto, fundador da ITAU, (1929-2013).



Seguiu-se um beberete, a que  já não pude estar presente, e uma segunda parte com uma peça de teatro.


                                     Estava interessada em estar presente no Malaposta, para a celebração do 125º aniversário da morte de Fernando Pessoa.
Foi lançado o convite para participação na POÉTICA IV, cujas participações podem ser remetidas até Março de 2014.


___________                                                     
13/11/2013, (11h:22')
  

  30 de Novembro, Dia dos Editores e Livreiros.






A Capa, em 3D.
Um denso volume, contendo as produções de 70 autores, cujos nomes se seguem na lista abaixo.
   
Juvelina Rosa
Lee Santos
Lúcia Lupenny Rodrigues
Luís Mota
Luísa Ferreira Redondo
Manuel Brás Soares
Manuel José Caria Gonçalves
Marco Caldeira
Margarida Piloto Garcia
Maria do Céu S.
Maria Flor
Maria Helena D. Prata Tomás
Maria Jorgete Teixeira
Maria Judite de Carvalho
Maria Margarida Leitão Garcia
Maria Maya
Maria Silvéria dos Mártires
Maurício Gomes
Monteiro Mendes – “Montas”
Orlando Augusto da Silva
Orlando Gomes Tomás
Paula Abrantes
Ricardo Miguel Teixeira
Rita Torrão
Roberto Tavares
Rosélia Martins
Rúbi Reguzzi
Sara Madaleno
Sérgio Fonseca
Severino Moreira
Susana Campos
Tiago Brites
Valdeck Almeida de Jesus
Xinjangele
Zora
Fátima Negrão, de Maputo.
Cristina Estrompa e von Trina lendo alguns dos poemas mais curtos de alguns dos participantes.
Júlio Mendes, "Jumé", da Guiné, que recitou um dos seus poemas de cor.
Rúbi Reguzzi, do Brasil.














 


Tuesday, December 10, 2013

A propósito de Fernando Pessoa e os heterónimos

Sou uma estafada e relativamente conhecedora de Fernando Pessoa. Em círculos, presumivelmente letrados sobre o poeta, coibo-me de me manifestar ou emitir as minhas opiniões sobre o resultado de análises efectuadas - não seria entendida, e, pior, seria "excomungada", por certo. Considero-o um louco, que teve a felicidade de saber reger-se com a magia com que as palavras nos encantam. Por outro lado, engendrou os "heterónimos", com que, capciosamente, toldou a mente de muitos eméritos que por aí polulam em histeria colectiva. Tal como uma peça de teatro, nos moldes iniciais, um actor pode "vestir a pele"de várias personagens - foi isso que ele conseguiu orquestrar magistralmente. Contudo, deu-se ao luxo e à garrulice infinitos, incansáveis de saber que faria de muitos inteligentes os títeres da sua  fecunda prolixidade.
Tive a alegria inusitada de participar numa deliciosa desmontagem e (des)construção de Fernando Pessoa numa incursão através de Álvaro de Campos.
Na sessão do passado Sábado, 30 de Novembro, para comemorar os 125 anos da sua morte, no Centro Cultural MALAPOSTA

 
a função iniciou-se, (sem programa disponível, e sala cheiinha), com a jovem actriz Paula Cortes a ler o poema Tabacaria, inserto nas "Poesias de Álvaro de Campos". Longo, extenso, exaustivo.
Sobre o mesmo, e porque foi tese com que Richard Zenith ganhou o Prémio Fernando Pessoa 2012, fomos absorvidos pela empolgante abordagem dos seus estudos - um apaixonado com vontade de vencer, também, o prémio deste ano.
Intervalando as pausas, Joe Coronado deliciou-nos com tocatas ao piano, e, inevitavelmente, tocou Omar Rayan.
Mário Máximo, o tertuliano organizador, Presidente do Conselho de Administração da Municipália EM, foi o moderador, em diálogos abertos, extemporâneos com Manuel Coelho, o director do MALAPOSTA.
Luís Miguel Rosa, sobrinho de Fernando Pessoa, filho caçula da irmã mais velha, contribuiu bastante para a desmistificação de Pessoa, relatando as "estórias", as partidas e as tropelias que o poeta concebia para seu entretenimento no envolvimento com a família, e principalmente com os sobrinhos.
Antes de se encerrar a sessão, com o descerrar de uma mini-lápide comemorativa, no átrio do teatro, junto ao bar, tivémos a oportunidade de ouvir Elsa de Noronha num poema de Natal, de Fernando Pessoa. Tendo sido convidada a participar, garantindo-nos que o Português que conhecia e praticava não se identificava com as várias facetas do autor, que dificilmente se fizera entender para ela, concitou as atenções gerais, (como é seu hábito, aliás), com esta brincadeira inserta no "Cancioneiro":
 
Chove . É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.
 
E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.
 
Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.
 
Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.
 
 
Haverá mais, ainda, sobre Álvaro de Campos no MALAPOSTA, conforme cartaz-convite:
 
 
 
 
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10/11/2013, (09h:55')
 
        

Sunday, November 24, 2013

LOGOS - FÉNIX de Novembro de 2013

Recebi a última Antologia da LOGOS, de Novembro.

O número de participantes vai aumentando, e a variabilidade é enorme.

Participo com um Soneto.

É só aceder ao "link", procurar a página e o autor, que está por ordem alfabética.

http://www.carmovasconcelos-fenix.org/LOGOS/LOGOS-5NOV-2013.htm








Tuesday, November 12, 2013

MIND OF THE DAY:

"Live out of your imagination, not your history." - Stephen Covey.

Com os últimos acontecimentos, e com a eventual precipitação de outros, que se avizinham, é difícil não criarmos refúgios para as nossas dúvidas, para as barreiras que se interpõem nos caminhos, que delineamos, traçamos, ou pretendemos realizar.
Há várias formas de nos mantermos sepultos nesta corrosiva e desordenada avalanche de desconcertos. 
Não acredito, não defendo, nem subscrevo as formas, violentas - e são-no sempre, queiramos, ou não - de manifestações, vozearia e pangaiada. 
Há modos, muito mais eficientes, de (des)acordar pressupostos, de desviar intenções perniciosas. Cansam, até ao esgotamento e à desestabilização total, as formas quase irracionais com que se defendem ideias - não ideais: isso é outra coisa, que deixou de ter cabimento nos tempos que correm. Assusta-me a inconsciência, o jogo de (des)interesses partilhados nas redes sociais - modos de conversão de imitações, de azedumes, de incapacidades de se lutar e defender por uma realidade inabalável: somos, antes de mais, não seres agregados por interesses - hoje já não se poderão dizer "comuns"... - mas de protagonismo barato, de evidencialismo pernicioso, destrutivo.
Estar-se, hoje, pressupõe - ainda na minha óptica de sempre - no firmar-se pelo bem comum; não mascaremos, não disfarcemos, não abroguemos ideais e/ou ideologias. Façamos por sermos estandartes das nossas assumpções - não remetamos para o outro as causas das nossas erráticas "maniazinhas" de sermos inteligentes, oportun(o)/(ista)s - mais estes últimos?!... - em demanda de proveito em causa própria. 
Lutamos todos, ou, pelo menos, fazemos por conseguir atingir o que serão os nossos pontos de eficiência, conforto e estabilidade presuntiva. Cada um tem direito a tudo isto; não poderá, obviamente, descurar, a interdição da invasão do território do outro, sem que para tal tenha sido solicitado.
Ainda subsistem ápodos, recriam-se outros - como é possível que, no meio de tanta poesia que por aí se dissemina hoje, as pessoas possam crer que "imagination" tem a ver com enxúrdia, desapego, criminalidade intuitiva, fúria homicida consentida?!...

Façamos novos mundos, criemos outras "estórias", mas façamos por estar de bem com a vida e os outros. Façamos - é obrigatório! - por ser felizes, um pouco.

12/11/2013, (12h:12')     

Sunday, November 10, 2013

GRITO DE MULHER - III


Passeava, descansando cansaços
Quando, por entre as nuvens dos meus engaços,
Vi, tenebrosa vista, de maléfico halo
Um grupo de jovens em grande estrafega
Aproximando-se de mim, decididos
Medos tomaram conta dos meus sentidos,
Já não me deram mais sossega
- Tomaram de mim, abusaram,
Estropiaram, violentaram, violaram
Depois...as dores, muitas, infinitas
Sangue vazando-se das minhas desditas
E fiquei só, estendida no solo
Roupas esfiapadas, em desalinho
Nem um pouco de carinho
Votaram ao meu corpo rasgado
Hoje tenho a desgraça maior
De esperar um filho indesejado
- Não posso desistir, sem me magoar mais.
Tenho por amparo os meus ditosos pais
Que me apoiam na minha dor.
De que valem justiças e tribunais?
Quem me devolve a vida que me roubaram?
Sou eu que, neste mundo, já estou a mais:
Não me move mais a espontaneidade
Natural da minha tenra idade.
Parou o tempo; quedei-me nele.
Soluços vêm sem que eu queira
Lavar as mágoas daquela zoeira.

06/11/2013
_________________________

Sobre a violação e o estupro.

Sunday, November 3, 2013

Organizando e compilando poesias - GRITO DE MULHER!

GRITO DE MULHER - I

Sofrida, dorida, perdi o Norte
Mesmo que me soves de morte
Não me calo, não aguento
Não és tu que me dás o sustento
Sou eu, que luto pela minha vida.
Vai, sai, parte: não há guarida.
No amor, que dizes que me tens,
Nem o inferno ou o diabo o pintam!
Judas vendeu Jesus por três vinténs.
Tu massacras até mais não.
Vai, antes que a fúria desponte
E eu não saiba se te ignore, ou afronte.
Por uma aberração sem limites,
Não mereço grades, nem grilhões
Mesmo que apeles e cites
Amor, compaixão, tesões
Meu corpo cansou de tantas surras
Sou já uma sombra nas tuas saburras.

02/11/2013 (02h:56')
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- A minha produção está a incidir, a par de algumas "crónicas de costumes", em realizar poesia sobre a violência doméstica. Esta é uma delas - há mais, que poderão, eventualmente, ser "postadas" mais tarde.
03/11/2013 (13h:37')

Despedida do MÊS DA MÚSICA - Adega Cooperativa da Lourinhã

Decorreu, ontem à noite, um serão fantástico com o Coro Municipal da Lourinhã, na Adega Cooperativa.
Adega cheia, e um serão inigualável - muita alegria, boa disposição, e, inevitavelmente, a prova da Aguardente DOC - um mel dos deuses!
Não consegui, ainda obter imagens. Foram muitas as fotografias que foram tiradas. Logo que as obtenha, "posto"-as.

Tuesday, October 29, 2013

Lançamento da Revista Cultural LICUNGO

Teve lugar no passado dia 26 do corrente mês de Outubro o lançamento da Revista Cultural LICUNGO em que participo com um Conto.
Biblioteca Municipal de Cascais.
                                         O convite.
            
Não havia muita gente, mas foi um encontro muito agradável, com convívio bonito, em que, na troca de impressões, se aprende sempre qualquer coisa.
Uma tarde soalheira a ajudar.

          A LICUNGO, que pretendem os organizadores, Vera Fornelos e Delmar Gonçalves, passe a ser semestral.



Vera Fornelos, Delmar Maia Gonçalves e Feio Família.




 Lara Guerra, artista plástica, que também colaborou na Revista.







 







 Eu "botando faladura". Na da direita vê-se Maria Dovigo de costas, em primeiro plano, outra participante.

A assistência de um dos lados da sala, vendo-se João Valentim, o "fotógrafo de serviço" e São Passos Mealha, outra artista plástica.


Família Feio, poeta.



Sibila Aguiar, participante.
João Valentim.
Delmar, embevecido.
Alfredo Magalhães Júnior, poeta e músico.
Myriam Carvalho, participante.

Sunday, October 13, 2013

Momentos...

Há-os de desistências temporárias, de "laissez passer", de irreconhecimento de nós, mas há-os - queiramos, ou não.

Se os cansaços persistem,
Se as dores surgem, sem bem se saber de onde,
Se tudo o que nos falava de nós e dos outros, perdeu a côr,
Se já pouco importam os "élans", que nos moveram, sempre
                           ou por esparsos instantes,
Se, mesmo apelando a tudo, desistimos de nós,
Se, nas recordações que restam, não revivemos como
                           outrora,
Se gastamos palavras mais que usadas das mesmíssimas
                           maneiras, ou de outras que nos entediam,
                           porque nos remetem para "discos
                           rachados", "cassettes"mal formatadas,

Qualquer coisa mudou e não fomos nós.
Às vezes mudamos, nem sempre seguindo as melhores opções; mudamos para ver se o mundo à nossa volta reage diferentemente ao que se espera, se obtemos resultados diversos dos esperados. O mundo parou a sua rotação; envelheceram os discursos; embaciaram-se de ciscos, quiasmas, fungos as vidraças por onde sonhávamos a vida que passava e nos saudava desejando colorir o decorrer dos dias certos, das horas seguras, das realizações simples que nos enchiam de esperança. Nada disso resta agora. Dizemos, ouvimos, repetimos, ecoamos o que já não pertence a ninguém. 
O fio que suspendia os dias que vivíamos corrompeu-se.
Como planos perdidos num espaço cósmico, numa geometria sem consistência, cada pedaço de nós, num retalho da vida que é cada um dos nossos dias, já não se inscreve, desfia, esfiapa-se, perde-se de consumido, sem bem se saber de quê.
Este não saber de mim às vezes retorna - nem será bem isso. Será mais 
                        que diferença fará que sim, ou  que não?
                        Tudo ficará temporariamente breve no respirar que se gastou ao pensar uma palavra - nada mais que isso.
Há alturas em que imagino que os outros e o que eles dizem são turvas penumbras que não prenunciam nada, que não inspiram nada, que não conseguem sustentar-me, tão pouco, a leveza de um sono profundo.

não espero nada.
Não desejo nada.
Não luto por nada.

Renego-me momento a momento, com cansaço, ou sem ele - queria dormir. Nem isso consigo, muitas vezes.
Desencanto?
Enfado?
Vazio?
Nada disso se adequa. Uma inexpressiva nulidade de tudo tomou conta de mim.
Já só sinto as minhas dores físicas que tento esquecer.

13/10/2013, (23h:10')     

Tuesday, October 8, 2013

Minhas Efabulações 20 - C


Recebi há cerca de duas/três horas atrás, a prova da Capa do meu segundo Romance-(Crónica), baseado em factos verídicos.
Quer no primeiro, quer neste, os nomes são fictícios. Este caso conheci-o bem - foram meus colegas, e admirava-os como se de uma verdadeira quimera viva se tratassem.
 É bom saber, que, embora poucos, alguns ainda atingem o supremo deleite que é estar-se, de facto, com o outro.

O livrinho irá ser assim:

Simples, como simples é a vida, o amor que lhe devemos e aos outros.
Ainda sem ISBN, obviamente.

Foto retirada da net, Contra-capa minha, ("comme d'habitude"), construção da capa da responsabilidade da EuEdito, na pessoa extraordinária que é Paulo Lobo.

Retrato de uma época que alterou muitos dos pressupostos que nos "mantinham de pé". A Justiça das coisas e dos homens. Abriu portas às realidades que, de facto, conseguimos construir entre o Wesen e o Sein para subsistirmos no Dasein, (Heidegger, Eudoro de Sousa, Agostinho da Silva, ...), com a certeza de que a morte não é um princípio, nem é um meio, mas a vontade de vivermos tudo a que temos direito, ou desejamos, antes que ela nos arrebata.
 Não conheci mais nenhum casal assim.

Os meus pais eram um modelo, mas são "fábula" - Abril matou os sonhos de muitos de nós. Mas construiu outros. Mesmo estes últimos são "estórias" para muita gente...

08/10/2013 (21h: 51')



Recebi  a obra hoje a meio da manhã.
ISBN: 978-989-20-4241-1
Depósito Legal: 365491/13

16/10/2013