Thursday, December 29, 2011

Não podia ser melhor este final de 2011, depois de todas, muitas, pesadas, desajustadas ocorrências ao longo de todo o ano - perdi textos que deveria endereçar para publicação!
Vou ter de partir do início, e tudo já será diferente - texto, impulso, "élan".
Sou a mais sortuda de todas as almas, de facto?!...
Se não me destroem os manuscritos, se não mos fazem desaparecer no espaço virtual, se não se infiltram para mos surripiar, acontece sempre o imprevisível - na minha preocupação com o(s) outro(s), esqueço que estas variantes de escrita ainda nos pregam desagradáveis surpresas.
Foi-se um trabalho de dias, algumas horas friorentas inclinada sobre o tablado, escrevinhando como se catasse o sal da minha vida perdida, sucessivamente sonegada, por estas ou aquelas razões.
A persistência também desiste.
A força também esmorece.
O frenesim torna-se melancolia, taciturnidade.
E tudo fica por acontecer.
E tudo permanece em folhas soltas, escondidas, algures, pelos cantos onde melhor possa esquecer os minutos em que quis realizar qualquer coisa, ocupar o meu tempo intemporal, longe da matéria envolvente.
Tentarei, como sempre, um dia qualquer, quando a verve e a vontade se entrelaçarem...