Sunday, June 23, 2013

As minhas efabulações - 13

Uma tarde soalheira. Queluz: Teatro Dª Maria I, (a louca).

Cheguei cedo, para não chegar tarde - (kkk...). Não havia indicação nenhuma. Perguntei onde era: que nada - ninguém sabia, ou "não era de Queluz". Fui ao quartel - ou o que seja - nem o graduado me soube dizer. Vai tudo ver a bola e fica por lá?!...


Um salão pequeno, lindíssimo, em verde e talha dourada - deveria ter sido o teatro privado da Rainha Dª Maria I. Não consegui tirar todas as fotos que tinha programado - a máquina decidiu, (com tantos fotógrafos por lá...) - descansar: bloqueou-me as intenções.

Bem: outra tarde diferente com Kaffé Kafka. Um óbice: é sempre ao Domingo... Reza a vida e a História, que é o Dia da Família.
Outro contra, (para mim...): estar muito tempo sentada - angustia-me, doem-me as pernas, desassossega-me, desconforta-me.
Adoro o convívio com aquela gente. Atribuição de "óscares" - lindos, de vidro, à excepção do do Fernando Lobo, que era em metal - pela sua obra O Corpo do Tempo

Tivémos a participação do Grupo de Poesia e Música,   Clip. Perfeitos. Adorei.

Mas, e finalmente, consegui as Colectâneas, cuja compilação é da competência da Fast.Livro, (nas pessoas de Maria da Graça Melo e Vitorino Martins); assim:


                                                          Capa da do NATAL 2012
                                                          ISBN: 978-972-8992-35-4
                                                                                                                  


Capa da do DIA dos NAMORADOS
Contra-Capa da do Dia dos NAMORADOS
ISBN: 978-972-8992-36-1



Capa da do DIA da MÃE 2013
ISBN: 978-972-8992-32-5

Em todas há uma, e só uma, participação minha.
A grande vantagem das Colectâneas é a variabilidade, um só vector. Subverter, distorcer, às vezes, é preciso!

Thursday, June 20, 2013

As minhas efabulações - 12

As provas da capa e contra-capa da minha tese sobre Winesburg,Ohio, de Sherwood Anderson!


         Uma lindeza! Tudo da minha lavra!

Saturday, June 8, 2013

Os Amigos

Há amizades que se constroem para permanecerem nos lugares seguros, certos, grandiosos e magníficos das nossas vidas,
"Tenho sorte de ter uma amiga como tu!" - disseste. Sorte, se a houve, é dos dois! Foste sempre o amigo com quem iria até ao inferno, se necessário fosse.
Há momentos partilhados, que dependem das nossas dádivas, mas, sobretudo e mais importante, ainda, do modo como recebemos e retribuímos as dos outros.
Até nas discussões, e nos meus arrobos de fúrias e liberdades inexpugnáveis - ah! como eu sou terrível, quando quero, posso ou devo?!, e sabes bem disso... - mantiveste-te sempre, ainda que surpreso, muitas vezes - consciente de que, comigo, há só uma face.
Dependermos de nós, e só de nós, tem muitos inconvenientes, mas traz-nos de volta garantias que nunca podem ser avalizadas de outro modo senão pela certeza, firmeza, lealdade, frontalidade e "endurance" das relações humanas que desenvolvemos, se pretendemos criar raízes outras, que não sejam só as da conterraneidade.
As variações do amor que nos assiste são surpreendentes! E insondáveis os desígnios que nos são lançados?!...
Não és já o mesmo - a vida mudou. A vida mudou-te. Não mudaram as sensações, a clareza que atravessa o teu olhar.
Mais que exprimíveis por palavras, (que hoje se perdem um pouco no arrastar do teu tempo de interiorização e reflexão), mais que os teus gestos, (que se arrastam na frouxidão das inexpectáveis consequências deste absurdo devir que é a vida), há o teu olhar, (que nunca soube esconder-te), há os teus sorrisos, (que nunca mentiram).
É no pulsar das nossas transparências, que conseguimos continuar a acreditar, que ainda vale a pena viver, que ainda é tempo de acreditar, que somos uma casa aberta para arrumarmos o que é de manter e guardar - cada um com seu igual, cada um com as suas diferenças, (não importam de que natureza sejam).
Que Deus te ajude, (sempre!), e que te dê forças para prosseguires a jornada!
Não te esqueças que estamos por perto: sempre, também! 

Ramada, 09/06/2013, (06h:12')
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Ao meu amigo Óscar Fernandes, com quem estive ontem a almoçar, a conversar e a andar a pé. O meu amigo das horas boas e das horas ruins. Salve!

Wednesday, June 5, 2013

As minhas efabulações - 11

Acabadinha de receber a Antologia das Décimas # Navegando a Poesia, num repto lançado pelos responsáveis pelos Horizontes da Poesia, de que tenho imenso orgulho de fazer parte.
Ajudam-nos a reviver, a ler e a sentir o que é essencialmente português. Para quem já não dá aulas de Literatura e Língua Portuguesa há mais de vinte anos , este foi, sem sombra de dúvida, um desafio... daqueles.
De acordo com um dos presidentes do Grupo, Albertino Galvão, que subscreve o prólogo, (e passo a citar):
"...Mote e Glosas em Décimas...uma das vertentes da poesia popular mais bonita e, ao mesmo tempo, ... mais difícil de fazer, pelas exigências no que concerne à rima e à métrica, mas, infelizmente, pouco divulgada e pouco explorada pela maioria dos poetas. Este tipo de poesia tem raízes populares e é nas regiões do Alentejo, Algarve e também no interior do Brasil, que os poetas mais velhos lhe dão, com mérito, a expressão que ela merece.
... O mote dado teve como base alguns versos do poema "Fado Português", de  José Régio".


A capa, relembrando algumas edições antigas - gosto!


                                              A contra-capa.
                                                              Composição: EuEdito
                                                              ISBN: 978- 989-98451-0-7

MOTE:         Canta canção magoada
                                um português navegando
                                o mar bravio enfrentando
                                bem longe da terra amada
                                beijando o ar e mais nada!
                                O fado nasceu um dia
                                enquanto o vento bulia
                                da boca de um marinheiro
                                num frágil barco veleiro
                                Já José Régio dizia
( adaptação de Albertino Galvão com base em alguns versos de José Régio, do seu poema Fado Português)

Regras:      A) - o verso a rimar com o e o
                             - o com o
                             - o com o e o 10º
                             - o com o   

                       B)  O  Mote tem 10 versos; o poema deverá ter 10 estrofes em décimas, (10 x 10)
                       C)  A 1ª estrofe termina com o 1º verso do Mote, (canta canção magoada)
                       D)  A 2ª estrofe, com o 2º verso do Mote, (um português navegando)
                       E)  ... e assim sucessivamente até ao 10º verso do Mote, (Já José Régio dizia)
                       F)  A particularidade e característica principal, e, por tal facto, a maior dificuldade destas
                            DÉCIMAS está na faculdade de permitir que, lidas do princípio para o fim, do fim para o
                            princípio, do meio para os lados, terem sempre o mesmo significado, e entender-se
                            sempre que o assunto exposto não é alterado.

Sou suspeita, mas aconselho a ler - há Décimas de uma beleza inestimável!
Estou ufaníssima!!!