Sunday, August 2, 2015

Eu e a vida em mim

Fui operada dia 19, Domingo, nas Urgências - falarei depois sobre isto, porque, desde há cerca de quatro meses, tudo tem sido de um vampirismo inexplicável.

Havia-me esquecido de um episódio posterior de uma beleza extrema, mas sem surpresas. A vida proporciona-me destas doçuras, que me alimentam a alma e me determinam uma grandeza enorme de enamoramento da vida  na minha pequenez neste imenso universo que Deus, (?), me ofertou.
Tinha um esquentador-inteligente - (ahahah...) - no Vale Vite. Deixava-me sempre ensaboada, correndo nua pela casa para o voltar a ligar... quantas vezes? Vezes sem conta: o safardana entendia que devia tomar o meu banho "à macua" -  quem é de Moçambique entende o que quero dizer. 
Chiça! Nem lá fazia disto, que o meu paizinho era esperto demais e construiu chuveiros com reservatórios, quando estivémos em Magude, nos anos '50.
Saturei-me e decidi-me a adquirir um termo-acumulador - não como o que tínhamos em L.M. nos anos '60, de 200Lts, mas um que me permitisse tomar banho e regalar-me como se a água morna da chuva me devolvesse as eutimias que busco todos os dias.
Os "técnicos" - vindos de expresso da suíça, algures nas berças! Careiros como o raio que os parta! - foram "montá-lo" na terça, 21 de Julho.
Na necessidade de irem ao "carro de apoio", o chefão chama pelo outro para ir ver uma "coisa".
Um pardal entrara no átrio, ou descera do telhado, onde os oiço chilrear.
Corri para abrir a porta, para que fosse em liberdade.
Diz o outro: "ainda ninguém conseguiu explicar porque é que um pardal não consegue viver em cativeiro..."
Verdade. Tentei salvar um, ferido, em tempos, e não resistiu.
O tonto, desvairado, vai de encontro à metade da porta que estava fechada, bateu de bico, e caiu redondo. 
O "ajudante" do técnico olha para mim: "Então? Morreu?"
"Não! 'Tadinho. Desmaiou com a pancada!"
O homem pegou nele, pô-lo debaixo da torneira e ele foi "acordando", muito lentamente.
Peguei nele, fiz-lhe festinhas, fui pondo água no bico, que foi engolindo.
Tenho uns sacanitas que me chateiam sobremaneira no meu varandim - comeram-me as malvas; mudei de plantas, o resultado é o mesmo; sujam tudo, chafurdam (n)a terra, em busca do que entendem, desafiam a minha paciência, e "cantam-me cantatas" descaradamente, manhã cedo, ou o dia todo.
Abri as janelas da sala, e tentei que partisse, forçando-o a apoiar-se no parapeito. Fingiu-se de morto, ou "alma penada", de olhos a dizer adeus.
Aconcheguei-o na concha das minhas mãos.
"Então? Vai! Olha os outros a chamarem-te..."
Num repente, levantou vôo e partiu para um terraço pertinho das minhas janelas.
"Nasce-se muitas vezes", diz Mia Couto.

Cresceu em mim a serenidade da certeza de que a vida é a maior das maravilhas de todos os tempos!
Não foi a primeira vez, que isto aconteceu. Tem sempre resultado, à excepção do outro, de patita partida, que quis que fizesse a recuperação na gaiola.   

   Ramada, 03/08/2015, (entre as 03h:00 e as 04h:00')
      






Sunday, July 5, 2015

"Mixórdia de Temática" - Os MITRA...

Enquanto preparo, ou fiscalizo, as actividades, que me proponho concretizar todos os dias, vou ouvindo a telefonia, (quando o meu espírito está em condições de absorver alguma coisa, de qualquer coisa, seja ela música, notícias, opiniões, palestras, reportagens, entrevistas...)
Anteontem, (porque fui obrigada, por razões de saúde, a deslocar-me a Torres Vedras), estava no Vale Vite a reordenar a minha vida. Tão abstrusa e tão inopinada foi a intervenção, que, num repente, não me apercebi da carismática intervenção de Ricardo de Araújo Pereira. Liguei os "auriculares", sintonizei-os, e as informações foram-se desnovelando e tomando corpo no meu cérebro: "quem é este?" "Mitra? Que é isto?"
Como é usual tudo isto se vai repetindo ao longo do dia; à segunda, já estava "ligada".
Todos sabemos da riqueza imaginativa do Ricardo. Muito adequadas, assertivas, contundentes as suas críticas sociais, muito particularmente voltadas para a juventude dos nossos dias.
Foi "a geração rasca"...  que descambou em algo perfeitamente aberrante. 
"À rasca", o ápodo com que muitos pretendiam defendê-la? Há muito terreno, ainda para lavrar, muita escadaria para limpar, falta de mão-de-obra para as profissões mais elementares, a que toda a gente precisa, algum dia, de recorrer: electricistas, pintores de interiores e exteriores, marceneiros, carpinteiros, mecânicos, canalizadores ...
Essa de desejar que (o)/(a)s filh(o)/a)s sejam doutor(e)/(a)s?!
Só quem tem estofo, deveria ser encaminhado para estudar, subindo uns degrauzitos mais. 
Abaixo os massacres, tanto aos que estudam coisa nenhuma, como aos que ensinam menos ainda. Seria um "tatebitate" de profunda determinação, que iria salvar toda uma nação. 
Deixemo-nos de utopias, de pretender "esconder o Sol com uma peneira". Quanto não se pouparia por esta via? Mais: quantas mais pessoas muito mais felizes não encontraríamos? 
O nível de iliteracia, muito mais gravosa que o anafab(e)/(ru)tismo, cresce de forma vertiginosa, e é de grau muito mais elevado, do que era o do analfabetismo, há uns anos atrás.
Apesar de terem tudo pago e repago, sem obrigações algumas de retorno do que quer que seja, ainda esmolam passagens de ano, índices liminares de avaliação aceitável.
Enfim: "mitrismo"?!... (Ou "mitrice"? Já que se converge para o paroxismo de uma indefinição humana, de uma contaminante inépcia para o que quer que seja, de um total desconhecimento de razão de ser, estar, ou existir?!)
São os "Mitras"
São os pais, os avós, os tios, os primos... e são eles! Comem à conta, vestem à conta, "estudam" à conta, passeiam à conta, compram tudo, (do caro e do melhor!), à conta, estragam tudo o que podem e bem entendem à conta!...
São os "Mitras", sim, Ricardo de Araújo Pereira!
Os vermes que rastejam pelos cantos das escolas. As bolsas de trampa, que denigrem o trabalho de quem quer fazer alguma coisa de válido por eles. 
Já deixaram de ser patos bravos: são a trampa, o escarro, os abortos das nossas sociedades hodiernas!

Ramada, 05/07/2015, (18h:43') 

Friday, June 19, 2015

Tudo vai de mal a pior, onde deveria imperar o bom senso

Soube, há cerca de um mês, talvez, que a Delegada Sindical, referenciada no "mailing" aqui "postado" a 21 de Maio,(p.p.), creio, já foi substituída por outra.
"Algo vai muito mal no reino do (Far)oeste"...
A professora em questão sempre me transmitiu demasiada insegurança. Talvez por atribulações da vida, mas gerava sempre desconfiança, e alertas (que bem conheço em mim), diziam-me: "Ná! Isto está demasiado tremido".
Sem querer, fui observando determinados episódios, factos ocasionais, que se repetiam. "'Tá tudo certo agora!"
Se via pernas e pés pendurados nas janelas das salas, mais no anfiteatro, era certo e sabido que era ela que lá estava a "leccionar". A minha vida de andarilha por aquela escola, permitia ver, (com olhos de ver e não aceitar), estas desconformidades de uma "formadora", que, fossem quais fossem as razões, permitia e pactuava com isso.
Ao longo do ano lectivo - todos os que decorreram desde que ela lá foi colocada - a principal preocupação são os preparativos para as saídas para França, longe ou perto das "escolas geminadas". A João das Regras, de escola só tem o nome. Não reconheço nenhuma, cá, que se lhe compare, quanto mais no estrangeiro. 
Intercâmbio? Como assim? Nunca lá vi alunos estrangeiros. Custeamos estas viagenzitas, que, o que importa, é encher a boca com os pressupostos que os outros - que também não estão para se chatear... - vão fingindo que acreditam.
Depois são as semaninhas das Línguas e das panquecas.
Só para dar cabo da cabeça da criatura, acabaram com alguns feriados - coincidiam sempre com dias de aulas dela: o programa ficava por cumprir, ou o tempo mal daria para que satisfizesse a razão prioritária, que é dar aulas, leccionar, cumprir todos os objectivos propostos no Programa.
Agora, como Delegada Sindical, como vai ser?
Lá vão uns almocinhos e/ou jantarinhos à conta?!... E mais umas passeatas cá por este paraíso?!...

Tanto quanto sei, o marido está desempregado. Duas filhas. A vida é dura, é certo. Mas custa a todos!

Primeira questão: que crédito inspira uma representante destas?
Segunda questão: que fiabilidade, respeito, denodo, devoção denota pela profissão e pelos que pretendem elevar o nome ensaburrado dos que são merecedores de todas as deferências?
Terceira questão: vamos vê-la frigir panquecas? Vamos vê-la partir para um qualquer lugar de França - (sim, porque nunca é o mesmo sítio)? Vamos vê-la colar fotografias da diversão obtida durante a viagem?

[Depois, sou eu que tenho a mania que vou mudar o mundo... Esta, e tant(o)/(a)s outr(o)/(a)s como ela mudaram-no, com toda a certeza! E para muito pior!]

Ramada, 19/06/2015, (19h:29') 

    

"Preso por ter cão, preso por não o ter"...

Não posso deixar de reflectir sobre um "mailing", que me "caiu" na caixa de correio - habituais "Newsletters" da Câmara Municipal da Lourinhã, ou da Biblioteca Municipal.
Vejamos, então:


Ponto-Chave: é louvável esta angariação de voluntários, que possam contribuir para uma melhoria de vida, uma abertura de horizontes, de molde a proporcionar uma vida activa, com qualidade, aos que já se vão aproximando da recta final de vida.
Contudo, parece-me que se crê, ou se pressupõe, que se pode viver do ar. As áreas de formação indicadas requerem conhecimentos, e algumas qualidades dotalícias, que implica(ram), por certo, investimentos de qualquer ordem.
Ponto 1.: já lá vão nove ou dez anos que elaborei um horário, pós-laboral, em que me oferecia para desenvolver actividades das mais diversas. Havia que empatar dinheiro para prossecução e ministério das mesmas - sou perfeccionista: não quero falhas para mim, e, menos ainda, sentir-me em vazio, qualquer que seja a situação que me obrigue a confrontar, a acarear o que sei com o que me possa surgir, de inusitado, como "currículo oculto", da parte dos outros. Ficaram de me dar uma resposta, mas foram lestos em dizer que "não se podia pagar, ou só depois de 3/4 meses". Obviamente, que contrapus com as premências que me assolavam na altura - e que continuam a subsistir, desde que me mantenha na Zona Oeste. Além das contravenções já por demasiado conhecidas, com que me têm destruído tudo o que de melhor tinha de meu, a qualidade de vida, que me tem sido sempre propiciada, é degradante. Mal dá para respirar, comer, ou viver.
Ponto 2.: depois de aguardar, mais que tempo suficiente, nenhuma resposta obtive. Voltei à carga, oferecendo-me para o Banco de Voluntariado - de nada servia o que propunha; pretendiam encaminhar-me para os peditórios do Banco Alimentar. Jamais! Há muita terra para lavrar, e de mentecaptos estou eu farta.
Ponto 3.: há dois/três anos aventei mais uma tentativa. Garantiram-me que me dariam uma resposta. Até hoje, aguardo por ela.
Agora surge esta notícia para voluntariado da/na Academia Cultural Sénior.

Era portadora do Certificado do I.F.E.P., que deixou de ser renovável.
Os objectivos contidos no Enquadramento são do melhorzinho. 
As Áreas/Funções denotam, de facto, a falta de visão relativamente às certificações necessárias.
As Ofertas aos voluntários são muito "aliciantes":
a) seguro,
b) acompanhamento técnico/administrativo,
c) certificação de prática de voluntariado.
A duração é uma estafa - equivalente a um ano lectivo! Com as fèriazitas habituais, e tudo?!...

Mesmo que para um(a) garot(o)/(a), com dezoito anos, ou pouco mais, - que, com toda a certeza, só se enquadrará nas tecnologias de informática, - não me parece ajustado.

Deus do céu! Com treze/quatorze anos já me pagavam, em Moçambique, para as ocupações sazonais. E era dinheirinho, na altura?!...

Sucesso e rentabilização de boas intenções aos promotores desta ideia brilhante!

Ramada, 19/06/2015 (18h:35')  
  



Wednesday, May 27, 2015

Albardar ou aldrabar - o significado das "coisas"

Continuamos a albardar para que as mentes se percam nos passos perdidos da ignorância humana - faz jeito, dá muito jeito, e agrega imensos adeptos. É preciso é "quorum".
A metempsicose tem destas variâncias?!...
Chamarem-me de "vaca", "gaja", "puta", é, de facto desconhecer minimamente os significantes contidos nestes vocábulos. 
A língua portuguesa já se presta, por demais, ao sardonismo, à idioti(a)/(ce), à precaridade imaginativa, ao analfabrutismo destes ignorantes.
A Lourinhã - reza uma das eventuais "estórias" cá do "burgo" - surge pelo facto de, bem perto daqui, existir um lugarejo chamado de Casal Lourim. Tinham uma vaca, que lhes fornecia o sustento. O bom do lavrador, (?), chamava por ela: "Anda cá, Lourim!" E a vaca respondia: "Hãããã.." Isto era no tempo em que os animais falavam...
Por inerência, a Lourinhã é conhecida pela "terra das vacas". Ineditismo espantoso, para quem se desloca, passa de viagem, ou se decide a residir por aqui. Depois entende-se. Muito facilmente. As mulheres, para além dos pressupostos que subvertem todos os conceitos e valores do que é "política e socialmente correcto", são, na grande maioria,  anafadas, de formas rotundas e "transbordantes". Olhando para elas, percebe-se, que, inevitavelmente, ocorre-nos esse epíteto. 
Estou por fora: nunca fui gorda, nem consigo engordar. Depois dos problemas de saúde que tive há cerca de quatro anos atrás, é, de todo, inviável que isso venha acontecer. 
Primeiro ponto: resolvido!
"Gaja" entrou no nosso léxico por influência da(s) comunidade(s) cigana(s). "Gajo" e/ou "gaja" significa "aquele e/ou aquela que não pertence à comunidade, à raça". Sou, por via erudita, de facto, "gaja" - nunca me identifiquei com esta gente, e, agora, é tarde demais, "muita água correu debaixo das pontes" para se reverter o que quer que seja.
Contudo, sabemos da conotação implícita. Por este "ponto de vista", estamos mal. É usual as mulheres arranjarem entretenimentos, ocupações para levarem mais umas "lecas" para casa, quer durante a semana, quer no fim-de-semana. O homem, como já é de prever, e é sabido, fica quedo em casa. Então o que são estas fulanas? Das duas, uma: ou não há espelhos em casa, ou são comprados na(s) feira(s); ficam, assim, com a capacidade de distorcer os reflexos.
Ponto dois: resolvido.
Agora temos o caso bicudo de "puta". Era um termo generalizado, curto, para destrinçar quem era meretriz, das que não o eram. Com o 25 de Abril entrou na significação com outra conotação - feminino de "puto". Indicadores assentes: nada tenho a ver com o primeiro; menos, ainda, com o segundo. Rejo-me pelos meus princípios, sempre. Não subsidio, nunca subsidiei chulos. Também já tenho idade suficiente para me distanciar, bastante, da garotada. Depois, por via de teorizações filosóficas modernas, "puta" será toda aquela que tem com que tapar, ou fechar o buraco por onde urina - (os canais são diferentes, mas... simplifiquemos).
Terceiro ponto: resolvido.

Resta, agora, referir uma asserção que ouvi a uma professora, crendo-se "p'rá frentex", chamar a uma "miga": "mula". C' os diabos! A mula surge de cruzamento de cavalo com burra, ou égua com burro... Sou racista, à boa maneira alemã: há que defender o purismo, a cultura, o orgulho da raça. Não defendo, não compreendo a miscigenação. As histórias de vida que conheço não são louváveis, não são admiráveis e têm salientado problemas de monta nos atritos provocados por diferenciação, quer de "modus vivendi", quer de "modus operandi", entre os pares sexuais, quaisquer que sejam as alternativas. Proliferam as "guerrinhas de alecrim e manjerona", com repercussões gravíssimas.

Aqui também não me enquadro. Decididamente, não. Sou moçambicana, de corpo inteiro; fui casada com um português, e dei-me mal, muito mal.

Este foi um revirar da minha intervenção no Festival Grito de Mulher do ano passado.

Vale Vite, 28/05/2015, (07h:30')



  

Thursday, May 21, 2015

Factos e/ou dados estranhos?!....

Recebi há uns dias este "mailing". Mais precisamente, no passado dia 13 de Maio.
Estive quase para o remeter para o "spam" - vinha com remetente de Anonymous. Mas abri-o e espantei-me com ele, tanto mais que, quem o terá remetido, sabia o que fazia - o "e-mail" onde entrou é o que se destina a questões laborais.



Já não é recente - data do início de Dezembro passado.
O estranho é que é de uma colega da EB 2/3 Dr João das Regras, mas de um Grupo Pedagógico diferente do meu. Nunca desenvolvi uma relação de proximidade com ela. Nem poderia. É muito empolgada, irrita-se facilmente, e não costuma aceitar que lhe façam observações - tento não extrapolar com as pessoas que apresentam "feitios" avessos ao meu, e sei que tenho um "feitiozinho desgraçado", com "muito pêlo na venta".
É ou era, Delegada Sindical - houve eleições, e dada a contestação apresentada, poderá ter sido substituída.
Quem o terá remetido, sabia o que fazia.
Porquê? Com que intuito?
Ao longo da minha vida, tive oportunidade de contactar e conviver com delegados sindicais de várias áreas, chegando mesmo, a ser convidada a sê-lo, quer quando trabalhava na Quimigal,EP, quer nesta escola. 
Os caminhos para onde descambam as boas intenções não são do meu agrado - ele são convívios, almoços e jantares, e, quem conseguir "alinhar", ainda pode deglutir "outros pratos". Tudo à conta dos "generosos" que prescindem de parte dos seus honorários para proporcionarem uma "santa vidinha" aos elementos dos sindicatos.
Todavia, volto a questionar: 
a) porquê agora?
b) que intenções "rebuçadas" traz este "mailing"?
Duvido que a colega Rosalina saiba disto. Vem como anonymous. Quem fez isto, leva-me a crer que não ousasse demonstrar boa intenção.
Estes meandros dão-me volta à cabeça, enchendo-a de nós e embaraços.
Das voltas que tenho dado, desde que fui agredida na Josefa d'Óbidos, - (que me levou a cancelar a filiação no SPGL), - fico sempre de "pé atrás" e em atitude defensiva, ou, pelo menos, expectante.
Quem tiver a ombridade ou de se acusar, ou, pelo menos, de me esclarecer, não se acanhe por isso.
Sou sempre uma boa ouvinte, embora seja voz corrente, que "tenho um feitio esquisito"...

Ramada, 21/05/2015, (11h:28')  







Wednesday, April 29, 2015

Quase um ano sem por aqui vir semear o que quer que seja...
Tantas lucubrações foram forjadas, tantas ansiedades sentidas, tantas sensações desconformes aglutinadas, algumas desesperanças suportadas, abalos sem sentido me foram perpetrados...
Mas hoje, parando, para querer saber um pouco de mim, dou-me conta de que poderei estar no fim da linha.
Maio vai ser um mês de arrepios, de contra-sensos, de masoquismos obrigatórios. 
Tanto tempo faz que reclamo atenção para os meus alertas, respeito pela saúde do meu corpo e sustentabilidade da minha vida, [que só pretendo que seja linear, simples, descansada e sadia, como tentei que sempre fosse, que, (como é habitual), tem sido devassada, destruída sem dó nem piedade - a violência, expressa por palavras e actos tem sido do mais insuportável, que imaginar se pode]?!...
Este ano iniciou-se mal - só, como sempre, sem um abraço, sequer.
Os fogos-de-artifício trouxeram-me imagens de faúlhas soltando-se de fogos que nada tinham de festivos...
As atribulações são as mais discrepantes, absurdas, inadmissíveis numa sociedade, que se pressupõe "normal", e que só lixo transborda.
As minhas endofasias enchem-me o âmago - ninguém sabe o que é isso, sem lhes conotar valores negativos...
Não sendo, de todo, masoquista - "va de retro!" - vou permitir que me esquartejem, me trunquem pedaços para análises detalhadas. Nos cadinhos onde forem pousados, misturarão "ácidos e coisas que tais"...
Depois... "que seja o que Deus quiser!"
Já não questiono. Perdi o "élan", o sentido da minha vida desde que me impuseram - direito a penas duras com dolo! - viver onde estou.  Rejeito tudo - basta ler tudo quanto tenho escrito contra estas excreções fedorentas que me rodeiam; a alma, a vida, o valor de tudo... nem sequer sabem que existem.
Para lavar roupa, foi preciso que vissem minha pendurada todos os dias. Para limpar a casa, foi necessário pendurarem--se nas janelas ou pregarem-se no chão da rua para aprenderem. Tomar banho? Que canseira, que luxo, ou esquisitice tamanhos?!
Esta repulsa que despertou tão logo me permiti deambular pelas ruas, nas minhas passeatas higiénicas, cruzando-me com estes espécimenes, recrudesceu com o assédio, ou intromissões na minha vida privada, ou sendo perturbada em minha casa.
Vivem por onde e com o que se defeca e/ou se exsurge. E é já bastante. São promíscuos, defectíveis por excelência. Chafurdam, regozijam-se e são "felizes"... 
"É a vida?!"...

Vale Vite, 29/04/2015, (1942')