Tuesday, October 29, 2013

Lançamento da Revista Cultural LICUNGO

Teve lugar no passado dia 26 do corrente mês de Outubro o lançamento da Revista Cultural LICUNGO em que participo com um Conto.
Biblioteca Municipal de Cascais.
                                         O convite.
            
Não havia muita gente, mas foi um encontro muito agradável, com convívio bonito, em que, na troca de impressões, se aprende sempre qualquer coisa.
Uma tarde soalheira a ajudar.

          A LICUNGO, que pretendem os organizadores, Vera Fornelos e Delmar Gonçalves, passe a ser semestral.



Vera Fornelos, Delmar Maia Gonçalves e Feio Família.




 Lara Guerra, artista plástica, que também colaborou na Revista.







 







 Eu "botando faladura". Na da direita vê-se Maria Dovigo de costas, em primeiro plano, outra participante.

A assistência de um dos lados da sala, vendo-se João Valentim, o "fotógrafo de serviço" e São Passos Mealha, outra artista plástica.


Família Feio, poeta.



Sibila Aguiar, participante.
João Valentim.
Delmar, embevecido.
Alfredo Magalhães Júnior, poeta e músico.
Myriam Carvalho, participante.

Sunday, October 13, 2013

Momentos...

Há-os de desistências temporárias, de "laissez passer", de irreconhecimento de nós, mas há-os - queiramos, ou não.

Se os cansaços persistem,
Se as dores surgem, sem bem se saber de onde,
Se tudo o que nos falava de nós e dos outros, perdeu a côr,
Se já pouco importam os "élans", que nos moveram, sempre
                           ou por esparsos instantes,
Se, mesmo apelando a tudo, desistimos de nós,
Se, nas recordações que restam, não revivemos como
                           outrora,
Se gastamos palavras mais que usadas das mesmíssimas
                           maneiras, ou de outras que nos entediam,
                           porque nos remetem para "discos
                           rachados", "cassettes"mal formatadas,

Qualquer coisa mudou e não fomos nós.
Às vezes mudamos, nem sempre seguindo as melhores opções; mudamos para ver se o mundo à nossa volta reage diferentemente ao que se espera, se obtemos resultados diversos dos esperados. O mundo parou a sua rotação; envelheceram os discursos; embaciaram-se de ciscos, quiasmas, fungos as vidraças por onde sonhávamos a vida que passava e nos saudava desejando colorir o decorrer dos dias certos, das horas seguras, das realizações simples que nos enchiam de esperança. Nada disso resta agora. Dizemos, ouvimos, repetimos, ecoamos o que já não pertence a ninguém. 
O fio que suspendia os dias que vivíamos corrompeu-se.
Como planos perdidos num espaço cósmico, numa geometria sem consistência, cada pedaço de nós, num retalho da vida que é cada um dos nossos dias, já não se inscreve, desfia, esfiapa-se, perde-se de consumido, sem bem se saber de quê.
Este não saber de mim às vezes retorna - nem será bem isso. Será mais 
                        que diferença fará que sim, ou  que não?
                        Tudo ficará temporariamente breve no respirar que se gastou ao pensar uma palavra - nada mais que isso.
Há alturas em que imagino que os outros e o que eles dizem são turvas penumbras que não prenunciam nada, que não inspiram nada, que não conseguem sustentar-me, tão pouco, a leveza de um sono profundo.

não espero nada.
Não desejo nada.
Não luto por nada.

Renego-me momento a momento, com cansaço, ou sem ele - queria dormir. Nem isso consigo, muitas vezes.
Desencanto?
Enfado?
Vazio?
Nada disso se adequa. Uma inexpressiva nulidade de tudo tomou conta de mim.
Já só sinto as minhas dores físicas que tento esquecer.

13/10/2013, (23h:10')     

Tuesday, October 8, 2013

Minhas Efabulações 20 - C


Recebi há cerca de duas/três horas atrás, a prova da Capa do meu segundo Romance-(Crónica), baseado em factos verídicos.
Quer no primeiro, quer neste, os nomes são fictícios. Este caso conheci-o bem - foram meus colegas, e admirava-os como se de uma verdadeira quimera viva se tratassem.
 É bom saber, que, embora poucos, alguns ainda atingem o supremo deleite que é estar-se, de facto, com o outro.

O livrinho irá ser assim:

Simples, como simples é a vida, o amor que lhe devemos e aos outros.
Ainda sem ISBN, obviamente.

Foto retirada da net, Contra-capa minha, ("comme d'habitude"), construção da capa da responsabilidade da EuEdito, na pessoa extraordinária que é Paulo Lobo.

Retrato de uma época que alterou muitos dos pressupostos que nos "mantinham de pé". A Justiça das coisas e dos homens. Abriu portas às realidades que, de facto, conseguimos construir entre o Wesen e o Sein para subsistirmos no Dasein, (Heidegger, Eudoro de Sousa, Agostinho da Silva, ...), com a certeza de que a morte não é um princípio, nem é um meio, mas a vontade de vivermos tudo a que temos direito, ou desejamos, antes que ela nos arrebata.
 Não conheci mais nenhum casal assim.

Os meus pais eram um modelo, mas são "fábula" - Abril matou os sonhos de muitos de nós. Mas construiu outros. Mesmo estes últimos são "estórias" para muita gente...

08/10/2013 (21h: 51')



Recebi  a obra hoje a meio da manhã.
ISBN: 978-989-20-4241-1
Depósito Legal: 365491/13

16/10/2013