Tuesday, June 26, 2012

Banalizações, Ivaginações, Tesões e outras Aberrações...

De, haverá doze, quinze anos a esta parte, deixei de me debruçar sobre a Poesia:
Para mim, férias sem livros, não eram férias - mais que sacos ou malas de roupas ou adereços, a minha bagagem compunha-se essencialmente de livros, na sua grande maioria de/sobre poesia. O meu lenitivo, a minha panaceia, a minha doce terapia!
Hoje... cansei! Mas não, ainda, dos Clássicos, ou dos Medievos - estes últimos a minha eterna paixão poética! Desde sempre!
Banalizou-se tudo de tal forma que a diarreia mental que atacou os cérebros - ( se é que os há?!...) - me entedia, enerva, gera, bem dentro de mim, náusea, inquietação, negação absoluta.

Se não é do bidé,
É do cafoné, ou do besiché...
Tudo se copia, ou plagia,
Acabou-se a poesia...

Que falta de imaginação
Servir o corpo p'r'á ivaginação
Desbocada, decadente
Presa em tesão permanente

Depois... escrevem aleivosias,
Gritam, sarrentas, as cotovias
Em plasmas sem plenitude
Ah! E erros, erros de torpitude!

26/06/2012, (14h:50')

Tão corriqueiros, repetitivos são os temas, que me remetem, inevitavelmente, incontornavelmente, para os bardos, os trovadores sem eira nem beira, quando se iniciaram as feiras francas - mas ficavam sempre fora das muralhas, (coitados?!...). Hoje a situação é, em tudo, semelhante - escabujam por pertencer a este ou a aquele núcleo, inventam sem consistência, imitam, (julgando que recriam...), plagiam, segmentam palavras atiradas que utilizam com sentidos degenerativos, aplicam verdadeiras corruptelas da nossa bendita Língua - são doutos?!... Com sabedoria de sobra?!...

E correm tertúlias, cansam-nos o ouvido com toadas dissonantes, sempre a mesma insossa lenga-lenga - mas utilizam como isco nomes irrepreensíveis, marcantes da nossa Literatura - uma capa para fazer desperdiçar o tempo aos incautos, já que do que se trata é impor, ler, dizer quadras, versejos da "nova vaga", arrogante, presumida, que enxurdou cafés, salas de chá, (anfi)teatros, restaurantes e outros "antros" 

Aberrações!?...

Morreu a poesia, e eu cansei com ela!

26/06/2012, (15h:04')